Desmobilização do navio-aérodromo brasileiro |
Em nota oficial, publicada no Boletim de Notícias (BONO) do dia 14 de Fevereiro de 2017, a Marinha do Brasil, anunciou a desmobilização de seu único navio-aeródromo (Nae), o NAe SÃO PAULO (A12), ao longo dos próximos três anos. O Almirantado tomou esta decisão, após concluir que o Empreendimento Modular do Programa de Modernização do Navio-Aeródromo (EMProModNAe) necessitaria de um longo período (cerca de 10 anos) para a sua conclusão, além de um alto investimento financeiro, envolvendo ainda incertezas técnicas – possivelmente quanto à substituição da instalação de vapor por um sistema integrado de propulsão diesel-eléctrico. A substituição do NAe, sob os auspícios do Programa de Desenvolvimento de Navios-Aeródromo (PRONAE) e das respectivas aeronaves embarcadas, pelo desenvolvimento do Sea Gripen (uma versão naval da aeronave Gripen NG), ocupa o terceiro lugar entre as prioridades da Marinha, logo após o Programa de Desenvolvimento de Submarinos (PROSUB) / Programa Nuclear da Marinha (PNM) e a construção das corvetas classe TAMANDARÉ. Acredita-se que o custo total do PRONAE e do projecto Sea Gripen será inferior ao da modernização do SÃO PAULO, acompanhado da aquisição de novas aeronaves embarcadas. Na data em que o navio terminasse a sua modernização, as actuais aeronaves A-4 Skyhawk provavelmente teriam chegado ao fim de sua vida útil. Até que um novo NAe esteja disponível, as operações com aeronaves de asa fixa prosseguirão a partir da Base Aérea Naval de São Pedro d’Aldeia e de outras instalações em terra. Circula entretanto a notícia da existência de uma negociação entre a Marinha do Brasil e a empresa francesa DCNS, para construir no país um novo Nae.
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